FAUSTO GUEDES TEIXEIRA
Nasceu em 1871, Lamego, Portugal.
Poeta...
Faleceu em 1930...
*
CANTOePALAVRAS
....................................
Eu quero ouvir o coração falar
e não os homens a falar por ele!
enquanto a gente fala, há de parar
no peito a vida estranha que o impele.
-
-
Independente à forma de o expressar,
o sentimento existe, e ai daquele
coração triste que se julgue dar
na cerração em que a palavra o vele.
-
Astro no peito, é sobre a língua chaga.
Dizer uma alegria ou um tormento
é um mar em que sempre se naufraga.
-
Era a essência de Deus vista e atingida!
Se é a força da vida o sentimento,
Fez-se a palavra pra mentir a vida.
*
"Eu quero ouvir o coração falar"
Fausto Guedes Teixeira
▬
ANTÓNIO ALEIXO
Nasceu a 18 de fevereiro de 1899, signo de aquário,
em Vila Real de Santo António, Portugal.
Pastor, cauteleiro*, poeta . . .
semi analfabeto.
Homenagens: cidade de Loulé, monumento no parque
da cidade, "Café Calcinha" local, onde ele costumava ficar.
Portimão "Escola Secundária Poeta António Aleixo". . .
Homenagens: cidade de Loulé, monumento no parque
da cidade, "Café Calcinha" local, onde ele costumava ficar.
Portimão "Escola Secundária Poeta António Aleixo". . .
Faleceu a 16 de novembro de 1949.
*cauteleiro-vendedor de cautelas da loteria(bilhete da loteria).
*
CANTOePALAVRAS
Este Livro que vos deixo . . .; O Auto do Curandeiro;
A Auto da Vida e da Morte;
O Auto do "ti Jaquim"; Inéditos. . .
*
I
Embora os meus olhos sejam,
os mais pequenos do mundo,
o que importa é que eles vejam,
o que os homens são no fundo.
-
Que importa perder a vida,
na luta contra a traição,
se a razão mesmo vencida,
não deixa de ser razão.
-
Vós que lá do vosso império,
prometeis um mundo novo,
calai-vos que pode o povo,
querer um mundo novo a sério.
-
Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas,
lições de filosofia.
**
"Embora os meus olhos sejam"
canção
música e canto de Francisco Fanhais
ANTÓNIO ALEIXO
*
CANTOePALAVRAS
Este Livro que vos deixo . . .; O Auto do Curandeiro;
A Auto da Vida e da Morte;
O Auto do "ti Jaquim"; Inéditos. . .
*
I
Embora os meus olhos sejam,
os mais pequenos do mundo,
o que importa é que eles vejam,
o que os homens são no fundo.
-
Que importa perder a vida,
na luta contra a traição,
se a razão mesmo vencida,
não deixa de ser razão.
-
Vós que lá do vosso império,
prometeis um mundo novo,
calai-vos que pode o povo,
querer um mundo novo a sério.
-
Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas,
lições de filosofia.
**
"Embora os meus olhos sejam"
canção
música e canto de Francisco Fanhais
ANTÓNIO ALEIXO
*
II
Vejo a arte definida
na forma de descrever
o bem ou o mal que a vida
nos faz gozar ou sofrer
-
Um poeta de verdade,
se se souber compreender,
não deve de ter vaidade
de o ser, porque o é sem qu'rer.
-
Ser artista é ser alguém!
Que bonito é ser artista . . .
ver as coisas mais além
do que alcança a nossa vista!
-
A arte é força imanente,
não se ensina, não se aprende,
não se compra, não se vende,
nasce e morre com a gente.
-
A arte é dom de quem cria;
portanto não é artista
aquele que só copia
as coisas que tem à vista.
-
A arte em nós se revela
sempre de forma diferente;
cai no papel ou na tela
conforme o artista sente.
*
"A Arte"
Este Livro que vos Deixo . . .
ANTÓNIO ALEIXO
ANTÓNIO ALEIXO
*
III
Sou humilde, sou modesto;
mas, entre gente ilustrada,
talvez me digam que eu presto,
porque não presto para nada.
-
Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.
-
Não quis que me engradecessem
os meus tão humildes versos;
fi-los p'ra que convertessem
alguns corações perversos.
-
Vinho que vai p'ra vinagre
não retrocede o caminho;
só por obra de milagre,
pode de novo ser vinho.
-
Vivo sempre satisfeito,
pois, mesmo quando a sofrer,
tenho um rouxinol no peito,
que canta p'ra me entreter.
*
"Quadras"
(fragmento)
ANTÓNIO ALEIXO
(fragmento)
ANTÓNIO ALEIXO
▬
JOSÉ DURO
Nasceu em 1875, Lisboa, Portugal
Poeta...
Faleceu em 1899, Lisboa, Portugal.
*
CANTOePALAVRAS
.........................................
*
Onde quer que ponho os olhos contristados
- costumei-me a ver o mal em toda a parte -
não encontro nada que não vá magoar-te,
Ó minh'alma cega, irmã dos entrevados.
-
sexta-feira santa cheia de cuidados,
livro d'Ezequiel. Vontade de chorar-te...
E não ter um pranto, um só, para lavar-te
das manchas do fel, filhas de mil pecados!...
-
Ai do que não chora porque se esqueceu
como há de chamar as lágrimas aos olhos
na hora amargurada em que precisa delas!
-
Mas é bem mais triste aquele que olha o céu
em busca de Deus, que o livre dos abrolhos,
e só acha a luz das pálidas estrelas...
*
"Dor Suprema"
José Duro
▬
JOSÉ DURO
Nasceu em 1875, Lisboa, Portugal
Poeta...
Faleceu em 1899, Lisboa, Portugal.
*
CANTOePALAVRAS
.........................................
*
Onde quer que ponho os olhos contristados
- costumei-me a ver o mal em toda a parte -
não encontro nada que não vá magoar-te,
Ó minh'alma cega, irmã dos entrevados.
-
sexta-feira santa cheia de cuidados,
livro d'Ezequiel. Vontade de chorar-te...
E não ter um pranto, um só, para lavar-te
das manchas do fel, filhas de mil pecados!...
-
Ai do que não chora porque se esqueceu
como há de chamar as lágrimas aos olhos
na hora amargurada em que precisa delas!
-
Mas é bem mais triste aquele que olha o céu
em busca de Deus, que o livre dos abrolhos,
e só acha a luz das pálidas estrelas...
*
"Dor Suprema"
José Duro
▬
FERNANDO ECHEVERRIA
Fernando Ferreira Echeverria
Nasceu 26 de fevereiro de 1929, signo de peixes
Cabezón de la Sal, Espanha, de origem portuguesa(pai).
Mora sua parte do tempo em Portugal, e escreve a maioria
dos livros em português. Casado com Flor Campino*, poeta. . .
Colaborou com várias revistas.
Homenagens: Grande Prémio de Poesia "Pen Club", 1981 e 1998;
Grande Prémio de Poesia "Inasset", 1987; Grande Prémio de
Poesia "Associação Portuguesa de Escritores", 1991;
Prémio "Eça de Queiroz", 1995; Prémio de Poesia "António
Ramos Rosa", 1998; Prémio "Luis Miguel Nava", 1999;
Prémio "Padre Manuel Antunes", 2005; Prémio D. Dinis, 2007;
Prémio "Sophia de Mello B. Andresen", 2007;
Ordem do "Infante D. Henrique" . . .
*
CANTOePALAVRAS
Entre Dois Anjos, 1956; Tréguas de Amor, 1958;
Sobre as Horas, 1963; Ritmo Real, 1971;
A Base e o Timbre, 1974; Media Vita, 1979;
Fenomelogia, 1984; Poesias, 1956 a 1979;
Sobre os Mortos, 1991; Uso de Penumbra, 1995;
Epifanias, 2006 . . .
*
A velhice é um vento que nos toma
no seu halo feliz de ensombramento.
E em nós depõe do que se deu à obra
sómente o modo de não sentir o tempo,
senão no ritmo interior de a sombra
passar à transparência do momento.
Mas um momento de que braniram horas
o hábito e o jeito de estar vendo
para muito mais longe. Para de onde a obra
surde. E a velhice nos ilumina o vento.
*
"Velhice é um Vento"
Figuras
FERNANDO ECHEVERRIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário